sábado, 3 de novembro de 2007

"Carpie Diem"

A idéia de uma vida breve, porém intensa e cheia de gratificações, é comum ser percebida no discurso de jovens que cometem atos infracionais, na sua grande maioria, violentos. É como se eles negassem e evitassem ao máximo ter a vida de seus pais e avós, uma vida sofrida, modesta, longa e sem perspectivas. No vocabulário do jovem é comum a citação do "Carpe Diem"– aproveitem o dia, aproveitem o momento. Mas qual será o limite que seus resposáveis deveriam impor na nossa sociedade?


OBS:Assistam esse vídeo http://www.youtube.com/watch?v=eJ2_hyEHAMo

Postado pela Afra

Video interessante

Galera esse video é de dar medo : http://www.youtube.com/watch?v=sFgdsLePWPY
Esse garoto fica descontrolado por não conseguir jogar no seu computador , veja que interessante e bizarro.

Por favor deixem comentarios!
;)


Postado por Andressa Da Costa Araujo

Crimes envolvendo jovens, estão mais violentos

Houve diminuição no número de crimes, porém menores praticam atos cada vez mais graves.

Enquanto no cenário nacional os crimes associados a menores tem aumentado, no Piauí, em contrapartida, os números tem diminuído. A imprensa nacional e regional tem divulgado amplamente e em grande número, crimes praticados por menores em todas as partes do país, provocando na população brasileira um sentimento de indignação e impotência. São muitos casos de crimes violentos e segundo a Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), houve um crescimento de pelo menos 360% na internação de adolescentes no Brasil. Em 2006, foram registrados 4,5 mil casos e este ano 15,5 mil casos de menores na cadeia. No Piauí, em relação à internação de menores, o delegado da Delegacia do Menor Infrator, Armandino Moura informou que houve realmente uma diminuição no número de crimes, no entanto, os adolescentes passaram a praticar atos de natureza mais grave. Ele explicou que no ano de 2005 foram feitas 1.830 apreensões no Piauí, no ano 2006 o número reduziu para 908 e este ano de 2007, até agora, foram feitas 595 apreensões de menores infratores.E a maioria é do sexo masculinomeninos e entre 15 a 17 anos. "Não resta dúvidas que os crimes que envolvem os jovens no Estado estão cada vez mais violentos e com requintes de crueldade, em termos quantitativos, os crimes não tem aumentado, mas estão cada vez mais graves", disse o delegado.Segundo Cícera Romana, diretora de medidas sócio educativas da Secretaria de Assistência Social e Cidadania-SASC, ainda não foi feito um mapeamento das detenções de adolescentes este ano, mas que de acordo com os dados dos anos 2004, 2005 e 2006, o número de adolescentes tem decrescido. Ela explica que a Sasc juntamente com a Universidade Federal do Piauí farãoem breve um mapeamento da situação dos adolescentes em cumprimento de medidas sócio educativas. "A idéia é que estes números alarmantes de meninos criminosos diminua e que haja um processo de reabilitação e de ressocialização dos mesmos", explicou Cícera Romana.

Fonte: Diario do Povo

Postado por : Andressa Da Costa Araujo

A agressão sofrida pela doméstica Sirlei Dias de Carvalho, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, por cinco jovens de classe média alta

Jovens violentos

A agressão sofrida pela doméstica Sirlei Dias de Carvalho, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, por cinco jovens de classe média alta, nos faz levantar algumas questões importantes. Dos cinco, quatro são universitários, teoricamente educados. Na prática selvagem, espancando Sirlei violentamente, principalmente na cabeça, provaram que não são. Receberam educação formal e informativa, mas não receberam a educação formadora da família, da escola e da própria sociedade, que é a maior deseducadora.Um dos pais, depois de pedir desculpas à agredida, disse que considera um absurdo crianças que estudam irem para presídios com criminosos comuns. Que crianças adultas são essas, que brincam de agredir e roubar uma pessoa indefesa, e depois alegam que imaginaram que fosse uma prostituta?Agredir prostituta pode? Isso me lembra o caso do cacique pataxó em Brasília, morto há vários anos, também por jovens de classe média alta, que na época disseram que só estavam brincando e que pensaram que o índio fosse um mendigo. Repito a pergunta de maneira adaptada: Agredir e matar mendigo pode? Esses jovens vivem a cultura do pode tudo, do meu pai me tira da cadeia quando for preciso, e é justamente essa cultura que estimula a violência contra o outro, o comportamento primitivo, sem freios. Cansados de jogar videogame, vão para o game real onde têm a ilusão de que sempre ganham. A primeira vitória imaginária desses jovens é a sensação de que destruirão a sua vítima, isso porque são vários e ela é só uma. Não há possibilidade de perder, ao contrário do que ocorre nos games. A segunda vitória seria a da impunidade garantida por pais cheios da grana , que têm condição de contratar os melhores advogados.Dos cinco agressores, quatro cursam faculdade, um de Direito, mas provavelmente lêem pouco, tanto livros quanto jornais, e representam aquele grupo da sociedade que tem com a educação uma relação distante, só para garantir um diploma e um emprego razoável. O dinheiro que faltar para completar o salário, o pai paga, esse é o raciocínio.Quando Sirlei afirma que os jovens da periferia, que moram em favelas como ela, gostariam de viver com a mordomia dos rapazes da Barra da Tijuca, ela tem toda razão. Eles queriam ter a oportunidade de viver melhor e provavelmente seriam muito menos arrogantes e agressivos se tivessem essa chance. Educação é um termo complexo e inclui emoção, diálogo familiar, leitura de textos literários e filosóficos que tratem de ética. Proporcionar educação não é pagar escola do filho e se eximir da responsabilidade de interagir com ele, de orientar, de colocar limites, de estimular a reflexão. As crianças adultas da Barra da Tijuca não merecem agrados, mas precisam ser punidas pelo que fizeram, independente da classe social a que pertencem.

Texto de Jaime Leitão

postado por Andressa Da Costa Araujo

Jovens Violentos

- Quando nos colocamos no papel de vítimas das grosserias e exigências de nossos filhos, esquecemos que eles aprenderam seus valores conosco. Leio numa revista de Nova Iorque que os jovens ali só falam em dinheiro e em pessoas famosas. As moças gostam de sair com os rapazes mais populares, o que tem significado muito variado e pode inclusive querer dizer que tais moços são mais competentes para assaltar ou para conseguir drogas. No Brasil, são freqüentes as notícias sobre violências cometidas por jovens de boa condição econômica - e não raramente contra seus próprios pais ou parentes próximos. Na maioria dos casos, o que está em jogo é o dinheiro: eles sempre exigem mais, enquanto seus pais decidem regular a quantia a eles destinada. Sentem-se indignados, como se estivessem sendo roubados! Reagem com agressividade a essa impressão que, claro, não corresponde à realidade. Os pais se queixam de que os moços de hoje são muito diferentes. Eles são apáticos, indiferentes a tudo e a todos, sem garra e com a ambição totalmente voltada para as coisas materiais. Não têm projetos para o futuro. Sonham apenas em ficar ricos e famosos, mas não percebem que tais recompensas representam o futuro de um esforço prévio. Qual a origem desse comportamento? É preciso averiguar se, de fato, nossos jovens são mais violentos e propensos às transgressões do que os das gerações anteriores. Não creio que nossa espécie venha se deteriorando. Acredito, porém, que somos muito influenciados pelo meio em que crescemos. Somos educados, mais pelo que observamos do que pelo que ouvimos. As pessoas sempre tiveram propensão para levar vantagem e para uma relativa falta de sentido moral - entendido como um freio interno que nos impede de praticar ações que reprovamos. Acontece que, atualmente, muitas crianças crescem vendo seus pais, seus irmãos mais velhos ou outros parentes se vangloriando do mal que fizeram a outras pessoas e de como isso foi lucrativo. Não podemos nos preocupar apenas com dinheiro e fama e depois querer que nossos filhos se interessem pelo conhecimento e passem as noites tentando desvendar os segredos da Física e Matemática. Eles ficarão fascinados pelas mesmas coisas que percebem ser relevantes em casa. Os valores dos nossos jovens são os da nossa cultura materialista e incrivelmente voltada para a busca de glórias a qualquer preço. Eles aprenderam conosco a encarar as coisas dessa forma. Depois, como se não tivéssemos nada a ver com a história, nos encontramos no papel de vítimas de suas grosserias e exigências. Talvez a única característica efetivamente própria desta geração seja a indolência. Não os vejo muito animados nem mesmo para perseguir objetivos sexuais, antes o motor principal da nossa espécie. São passivos, talvez em conseqüência do hábito de assistir TV o tempo todo - não precisam tomar nenhum tipo de iniciativa a não ser a de mudar os canais. Preguiçosos, ambiciosos e materialistas: eis uma mistura explosiva que constitui a maioria da nossa juventude. Assistimos ao agravamento dos comportamentos anti-sociais, a uma piora na postura moral e à abertura para a conduta delinqüente. Tudo isso é muito facilitado pelo uso de drogas, tão ao gosto dos que já não são muito esforçados. O grau de violência que temos presenciado é ainda pequeno perto do que podemos esperar, dadas as condições em que eles estão sendo criados. É urgente rever os valores que estamos transferindo para os nossos filhos.

Flávio Gikovate*
(*) Flávio Gikovate é médico psicoterapeuta, pioneiro da terapia sexual no Brasil.

postado por: Andressa Da Costa Araujo

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Por que a juventude tornou tão violenta e ameaçadora?

Antes do texto que vou postar queria fazer uma pequena introdução a respeito do tema desde BLOG.
A juventude tornou-se tão violenta e ameaçadora pelos mesmos motivos que tornaram os adultos, a sociedade e o mundo, estamos vivendo a era da violência e do egoísmo logo essa intensificação não é só de uma parte e sim do TODO.


No texto abaixo os números deixam claro a atual situação de violência entre crianças e jovens.

Crianças e adolescentes como atores de atos violentos

Introdução

Mesmo sabendo da complexidade crescente de se lidar com a questão da violência, há uma necessidade urgente de se conseguir identificar aquelas crianças e adolescentes em vias de cometer um ato criminoso. A importância da aquisição de tais informações reside no fato de serem os jovens, uma importante parcela da população que perpetua a violência urbana. De 1985 a 1994, a taxa de homicídios realizados por jovens de 14-17 anos aumentou 172% nos EUA, tendo diminuído 39% de 1994-1999. A taxa de homicídios realizados por adultos acima de 25 anos diminuiu 25%. Como exemplo, têm-se os dados do Centro de Controle de Doenças dos EUA, que estimou a presença de 127 casos de agressões físicas por cada 100 estudantes do ensino médio, nos EUA, no ano passado. Um outro estudo feito pelo Instituto Nacional de Justiça dos EUA, utilizando 4.000 jovens presos, encontrou 22% de jovens portadores de armas de fogo e 38% dos jovens masculinos disseram achar normal atirar em pessoas que os machucassem.
Na população adulta, ameaças têm sido consideradas como um fator de risco para atos violentos. Tais ameaças são comuns em locais de trabalho como nos centros de emergência dos hospitais, hospitais psiquiátricos e com funcionários públicos que trabalham na área de saúde no atendimento ao público. Entretanto, há alguma relação de risco entre ameaças de violência e perpetuação da mesma em crianças e adolescentes?Com o intuito de se verificar tais riscos, foi feito uma avaliação de dados provenientes de três grandes estudos com crianças e adolescentes. O resumo da interpretação desses dados, feito pelo Dr. Mark Singer e colaboradores, do Instituto Comunitário de Saúde Mental de Cuyahoga County, Case Western Reserve University, Cleveland – Ohio – EUA. Um resumo desse trabalho foi publicado na revista médica Archives of Pediatric and Adolescent Medicine, deste ano.

O estudo

Como já foi dito acima, três estudos foram analisados. Todos utilizando crianças e adolescentes de famílias de média e baixa renda. Dois dos estudos realizaram um questionário para se investigar a relação entre a exposição à violência e sintomas de trauma psicológico, em 2.245 crianças e 3.724 adolescentes. O terceiro estudo testou o efeito de um programa de prevenção à violência escolar (3.518 participantes).Mesmo sendo os três estudos diferentes, todos eles possuíram um questionário com perguntas relacionadas com ameaças de violência sofrida e atitudes violentas no ano anterior. Seguem algumas perguntas realizadas: com qual freqüência você no último ano (a) ameaçou machucar alguém? (b) deu um tapa, bateu ou deu um murro antes de ser agredido? (c) deu um tapa, bateu ou deu um murro depois de ser agredido? (d) bateu em alguém? (e) atacou ou esfaqueou alguém?As respostas foram divididas em: nunca, algumas vezes, freqüentemente e quase todos os dias.Os resultados foram submetidos a análises estatísticas cuja descrição foge do objetivo deste texto. Após tais análises, dividiu-se os participantes em três grupos: (1) crianças que não ameaçam os outros, (2) crianças que ameaçam os outros com pouca freqüência e (3) crianças que ameaçam os outros com freqüência.

Resultados
Aproximadamente, a metade dos participantes era do sexo feminino. A percentagem de brancos variou de 31% a 57%, de hispânicos (latinos) variou de 5% a 51% e a de negros, de 6% a 35%. A idade variou de 7 a 19 anos.Cerca de 36% a 50% dos participantes referiram uma ameaça no último ano em ambos estudos. O ato violento mais relatado por homens e mulheres foi o de revidar uma agressão.A idade daqueles participantes do grupo 2 e 3 foi maior do que as do grupo 1. Os homens também estiveram mais relacionados com os grupos 2 e 3. Aqueles participantes que relataram morar com ambos os pais tiveram uma menor participação nos grupos 2 e 3, ou seja, ameaçavam menos os outros. Os jovens dos grupos 2 e 3 estiveram relacionados 3 a 4 vezes mais, com os cinco atos violentos exemplificados pelas perguntas acima.

Comentários e Conclusões
O risco relativo de se realizar atos violentos foi significativamente maior, em todos os estudos, naquelas pessoas que relataram fazer ameaças aos outros com mais freqüência. Jovens do grupo 3 tiveram 14 a 23 vezes mais risco de atacar alguém com uma faca e 17 vezes mais risco de atirar em alguém.Essa forte relação entre ameaças de violência, e atos de violência, tem implicações práticas muito importantes, na prevenção da violência entre os jovens. Tais dados sugerem que jovens que ameaçam os outros devem ser tratados com seriedade através de regulamentos e leis para que os mesmos recebam uma abordagem adequada. Assim, quando uma criança ou adolescente ameaça machucar outra pessoa, ele (a) deve ser submetido a uma avaliação de seu potencial de violência. Existem alguns protocolos feitos para tal avaliação. A maioria de profissionais que trabalha com crianças e adolescentes tem uma atitude ativa quando percebem comportamentos auto-agressivos e não liberam tais jovens da supervisão, enquanto não conseguem uma boa avaliação de seu potencial suicida. Os autores do artigo em questão crêem que tal conduta deveria ser realizada também naqueles jovens que têm atitudes agressivas para com os outros. Da mesma forma que comportamentos considerados suicidas, quando percebidos por amigos, colegas, conhecidos e familiares devem ser relatados aos responsáveis, assim devem ser tratados também os comportamentos agressivos interpessoais. É de extrema importância que as crianças compreendam que podem prevenir tais agressões através de suas próprias ações, relatando aos responsáveis quando sofrerem ou presenciarem tais atos. Assim também devem ser educados os professores e todos os tipos de profissionais que lidam com crianças, para que possam encorajar tais crianças a relatarem tais casos. Esse pode ser um grande passo para que se possa formular planos pedagógico-terapêuticos para os agressores antes que eles tenham que responder legalmente pelos seus atos criminosos.


Fonte: Arch Pediatr Adolecs Med. 2000;154:785-790.Copyright © 2003 Bibliomed, Inc.


Postado por : Andressa Da Costa Araujo